Cada vez mais práticos, os novos meios de pagamento chegam ao mercado com o objetivo de incorporar...
Experiência do usuário a partir do Pagamento Instantâneo
O pagamento instantâneo está cada vez mais em pauta não só no mercado financeiro, mas também na perspectiva do consumidor final. O Brasil ainda é foco de uma maioria esmagadora de pessoas desbancarizadas e esse fato influencia diretamente nos hábitos de consumo da população e, principalmente, em sua relação com o dinheiro. Há algum tempo, a ideia de consumo consciente e fidelização de marcas têm ganhado força no cenário brasileiro, o que dá mais gás para os novos meios de pagamentos chegarem.
Por FABIANO AMARO
Pouco a pouco, a cultura está começando a mudar: as pessoas estão com foco maior em experiência e, principalmente, facilidade quando vão às compras. Para entender essa mudança, é preciso entender fundamentalmente quem é esse público, seus hábitos e suas expectativas diante de um mundo VUCA(volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade). O “match” entre os pagamentos instantâneos e as gerações que estão ascendendo ocorre por isso: ambos caminham na mesma direção na busca por praticidade e conveniência. Na perspectiva do recebedor, a eliminação de intermediários que comem suas margens e na do consumidor, na expectativa de transações mais rápidas, práticas e juros baixos.
Dentre os benefícios presentes nesse meio de pagamento, podemos citar como os principais diferenciais: disponibilidade 24x7, velocidade e multiplicidade de casos de uso. Veja, todos eles estão diretamente relacionadas à experiência do usuário, ponto essencial para se destacar na corrida contra taxas e cartões coloridos.
Ao adaptar a sua demanda de serviços e produtos aos novos hábitos do consumidor final, a experiência se torna muito mais simples e prazerosa. A disponibilidade 24x7, ou seja, possibilidade de acesso 24 horas por dia, 7 dias da semana, 365 dias por ano, é um dos benefícios que mais se sobressaem nesse modelo de pagamento. Para entender sua importância, é preciso voltar alguns anos atrás.
Não faz muito tempo desde que era preciso se programar para conseguir acompanhar os programas de entretenimento. Hoje, a realidade é totalmente diferente: é só pensar no que assistir e logar em uma conta de streaming. Com as mudanças dos hábitos de consumo e as novas gerações conectadas, é preciso pensar em formas de adaptar e manter esse novo público interessado na sua oferta de serviços e educar as gerações antecedentes a como utilizar as novas ferramentas disponíveis na palma da mão.
Outro aspecto que impacta diretamente a experiência do usuário, é a multiplicidade de casos de uso. A partir dos pagamentos instantâneos, poderão ser realizadas transações de todos os tipos, independente de valor ou diferenciação entre pessoa física, jurídica ou empresa. Fato esse que facilita mais uma vez a vida do usuário, uma vez que ele pode transacionar seu dinheiro com apenas um clique, sem sair de casa.
Segundo o BC (Banco Central do Brasil), existirão 3 modelos de pagamentos instantâneos:
Apesar de todas as opções serem caminhos vantajosos em relação aos modelos existentes atualmente, o QR code é o que mais se sobressai nesse novo meio de pagamento. A partir dele, é possível que haja maior inclusão social, uma vez que é possível a leitura do QR com aparelhos mais simples e, inclusive, offline. Esse modelo de pagamento instantâneo pode ser utilizado de duas maneiras diferentes: o primeiro, é o que o recebedor apresenta o QR. Já o segundo, a partir da apresentação do QR code pelo pagador, sendo que a maneira a ser seguida, fica a critério da parte recebedora.
Independente de tecnologia revolucionária, é essencial entender que o que a fará fazer parte efetiva do dia a dia das pessoas é o consumidor final. A experiência do usuário conta muito nesse processo e, enquanto não houver algo aprovado por eles, esse modelo de pagamento não vai começar a fazer parte do mercado. A tendência é de que a escolha seja sempre pela simplicidade de uso, portanto, talvez seja mais importante o investimento em experiências do que na tecnologia que a sustenta.